Por que a droga não deve ser a bandeira?
A modernidade, paralelamente aos avanços tecnológicos das comunicações, da indústria, do tratamento das doenças, das questões ambientais, trouxe também sérios problemas, que estão desafiando a existência e o bem-estar do homem: novas doenças, injustiças, um grande mal-estar social.
Para minimizar esse mal-estar, as pessoas, e consequentemente a sociedade, buscam saídas rápidas e diversas: entregam-se à compulsão do trabalho, do consumo, do poder – e do dinheiro, que passa a ser o eixo da sociedade capitalista.
Faz-se preciso atenuar a insatisfação interior e, normalmente, o caminho mais fácil é buscar fora; o que significa consumir. Consumir supõe ter dinheiro para consumir. Dinheiro “traz” possibilidade de poder. Ter dinheiro é ter poder de compra, hoje muito estimulado e valorizado, até para a “classificação” das pessoas.
Buscamos, mas nem sempre sabemos bem o quê, isso porque buscamos aquilo que está fora, pois não aprendemos, ou nos esquecemos, de buscar dentro. Achamos que todas as soluções estão fora e que podem ser obtidas, negociadas, por via do dinheiro. Estamos distanciados de nós mesmos, da essência da vida, que jaz sonolenta em nosso interior.
Assim, consumir torna-se “droga” milagrosa para todos nossos males. Para a tristeza, nada melhor do que um passeio pelo shopping. Para a melancolia, nada melhor do que um show. Para a dor de cotovelo, mudar o visual e investir numa nova conquista. Para se sentir jovem, há à venda mil pílulas e roupinhas transadas. Para a utopia do corpo perfeito, academia, plástica, silicone. E para a falta de dinheiro, a esperança do ganho fácil nos bingos, nos jogos, e mesmo no tráfico de coisas e influências.
Não é de se espantar, portanto, que as drogas passem a ser mais um objeto de consumo, uma saída para as necessidades da vida moderna. Elas, se não resolvem – e não resolvem mesmo! – os problemas, nossas necessidades, ao menos mudam momentaneamente a percepção que deles temos. Alteram o nosso estado de consciência e, como os problemas são muitos e exigem soluções rápidas (tão rápidas como tudo que se consome na vida moderna), e já aprendemos que a modernidade traz soluções prontas, à nossa disposição em prateleiras de alguma venda qualquer, consumimos drogas cada vez mais, sejam elas lícitas, ilícitas, materiais ou ideológicas.
Por tudo isso, pretendemos trabalhar fundamentados nos princípios da prevenção; atuando nas causas para eliminar ou minimizar os efeitos.
Benefícios para o Participante
Mais Informações
(*Conteúdo referencial – ajustável ao formato da carga horária)
MÓDULO 1 – MARCO CONCEITUAL E INSTITUCIONAL
- O que é droga
- Terminologias
- Conceitos e visões da Antropologia, Sociologia, Psicologia, Fármaco-Toxicologia, Neurociências
- Políticas públicas no Brasil
- Estrutura institucional
- Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública
- Legislações e Políticas de Saúde
- Política Nacional Sobre Drogas
- Legislação e Políticas de Educação
- Legislações e Políticas para a Criança e o Adolescente
- Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci)
- Sistema Único de Segurança Pública (SUSP)
- Estrutura institucional
MÓDULO 2 – BREVE ASPECTO FÁRMACO-TOXICOLÓGICO
- Histórico do uso de drogas em diferentes períodos e propósitos
- Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil
- O álcool e o cigarro na sociedade brasileira
- Quadro geral de classificação das drogas
- Breves aspectos fármaco toxicológicos de algumas drogas
- Farmacologia
- Toxicologia
- Drogas lícitas: álcool, tabaco, certos medicamentos (anfetamínicos, benzodiazepínicos, outros)
- Drogas ilícitas: cannabis (maconha), cocaína, solventes orgânicos, LSD
- As dependências – gravidade das dependências
- A tolerância
- A síndrome de abstinência
- Principais formas de uso
- Preparo e vias de introdução
- Riscos associados às vias de introdução
- Breves aspectos fármaco toxicológicos de algumas drogas
MÓDULO 3 – PREVENÇÃO, REDUÇÃO DO DANO E TRATAMENTO
- Formas de tratamento
- Tratamento farmacológico
- Tratamento psicológico abordagem psicossocial
- Apoio familiar e social – abordagens motivacionais
- Emergência em Saúde Mental
- Aspectos sociais
- Uso em diferentes segmentos profissionais
- Caminhoneiros
- Profissionais da Saúde
- Profissionais da Segurança
- Outros
- O uso no ambiente escolar
- Uso em diferentes idades: adolescentes, adultos e idosos
- A turbulência na fase adolescente
- Uso em diferentes segmentos profissionais
- Metodologias para ações preventivas ao uso de drogas
- Redução de danos
- As drogas e a mídia
- Redes sociais e comunidades
- Ideia e metodologia de Comunidade Terapêutica
- Aspectos motivacionais: esportes, música, teatro, artes
- Conselhos: Espaço de Participação e Controle Social
- Dia Internacional de Combate às Drogas
- Abordagem psicanalítica
- Casos de sucesso
- Princípios Éticos e Mediação de Conflitos
- – Jovens e adultos em busca de qualificação profissional; estudantes
- – Profissionais em geral
- – Profissionais das áreas de saúde, assistência social e segurança pública
- – Advogados
- – Políticos
- – Educadores e Professores
- – Comunicadores, Jornalistas, Publicitários
- – Gestores de Públicos
Pré-requisitos: não há exigência de escolaridade ou idade mínima para participar do Curso.
- Aulas expositivas, Rodas de conversa, Seminários, Estudo de Casos/Vídeos e filmes
- Leituras com discussões orientada
Formatos:
Extensão: 60 horas
- – Em parceria com IES
- – Complementa formação acadêmica
24 horas (3 dias)
- – Aplicado a profissionais relacionados à área
16 horas (2 dias)
- – Aplicado a profissionais liberais e pessoal de nível superior
8 horas
- – Aplicado ao público em geral
4 horas
- – Introdução ao Tema
- – Aplicado a instituições
2 horas
- – Palestra de Sensibilização
- – Aplicado a executivos