NINGUÉM MAIS QUER SABER

o trauma da pandemia, o seu esquecimento e o limiar de uma nova era

MARIA GRAVINA OGATA

Maria Gravina Ogata, bacharela em direito e em Geografia, com mestrado em geografia física e doutorado em ciência política, lançou recentemente seu novo livro. É dito na última capa: “Em meio à perplexidade e à solidão, que afetaram a humanidade durante a pandemia da COVID-19, a autora mostra que o último reduto de uma pessoa é o seu fortalecimento interior, por meio da fé, da família e dos amigos. O texto traz alguns temas para reflexão que indicam a antecipação de uma nova era: a saúde como bem público global, as crises dos estados nacionais, do liberalismo e da democracia, além das mudanças de comportamento.”

Maria Gravina fez-me imensamente honrado por seu convite para que eu preparasse o prefácio do livro. Amigos de longa data e de muitas batalhas juntos no campo ambiental, tanto no âmbito estadual na Bahia, quanto no plano federal, pudemos compreender um ao outro pelo prisma de uma procura de uma preocupação legítima com a causa ambiental, sem exageros e sem perder de vista que o homem tem seu lugar no planeta legitimamente e que a produção de bens e valores precisa ser mantida para a subsistência dessa própria espécie que somos nós!

Com a obra agora publicada, convido a todos para que a conheçam. E concluo esse breve comentário, transcrevendo algumas passagens do aludido prefácio:

Eis à nossa disposição um livro forte: a força para dissecar nossa fraqueza em tempos de pandemia virótica. (…)

Uma família na qual preponderam valores morais e éticos de amor, fé, esperança, justiça e determinação, luta com todas as suas fortalezas, em dois continentes, para tentar entender minimamente o que se passa e agir de acordo com aqueles valores, na expectativa de uma solução para os graves e desconhecidos problemas que se precipitavam torrencialmente sobre todos.

(…)

Sem dúvida, nos tempos pandémicos atuais, de desinvestimento nos valores mais profundos e verdadeiros do eu, desinvestimento do próprio eu, para valorização quase que exclusivamente das externalidades do corpo, no hiperculto a uma forma fútil de sua estética, a par e passo com o inverso de sua cultura e tradições, quando nem mesmo a língua é capaz de resistir a ataques dos bárbaros, Gravina ousa lançar-se como escritora, e talentosa e analítica escritora, mas também apaixonada escritora, fazendo do amor maduro à família, às pessoas, ao pensamento crítico, sua pena e sua tinta!

(…)

Minha amiga Maria Gravina, que muito me surpreendeu distinguiu e honrou, ao enviar-me para a leitura prévia ao lançamento seu valoroso texto, parece, definitivamente, habitar tal categoria humana de seres especiais, que vasculham destemidamente a própria intimidade, para desse gigantesco exercício retirar algo que a lance adiante, aprimorando suas capacidades e talentos, mesmo nas condições mais inesperadas e adversas, que é onde se forjam os que dão dimensão à sua existência, para, depois, ao tranquilizador o tumulto de suas emoções, daí extrair sábias lições para todos nós.

Você não acredita? Leia o livro então!